Chuva, nevoeiro e sujidade no para-brisas: como afetam as câmaras ADAS?

Os sistemas ADAS (Advanced Driver Assistance Systems) vieram tornar a condução mais segura e confortável. São os “olhos” e “ouvidos” inteligentes do carro: ajudam a manter o veículo na faixa, avisam quando há risco de colisão e ajustam a velocidade conforme o trânsito.

Mas o que acontece quando esses “olhos” ficam tapados pela chuva, pelo nevoeiro ou por um para-brisas sujo? É simples: o carro deixa de ver bem. E quando não vê, a segurança pode ficar em risco.

O que é o sistema ADAS?

vidro para brisas com gotas de chuva a dificultar a visão

Os ADAS são um conjunto de tecnologias que ajudam o condutor a evitar acidentes e a reagir mais depressa a imprevistos. Utilizam câmaras, radares e sensores instalados em vários pontos do carro (sobretudo no para-brisas e nos para-choques) para ler o ambiente à volta.

 

Alguns exemplos de sistemas ADAS:

 

  • Travagem automática de emergência (AEB): aciona os travões se o carro detetar um obstáculo inesperado;
  • Assistente de faixa de rodagem (LKA): corrige a direção quando o veículo começa a sair da faixa sem sinalizar;
  • Cruise control adaptativo (ACC): mantém a velocidade e ajusta a distância face ao carro da frente;
  • Detetor de ângulo morto: alerta para veículos nas zonas não visíveis nos espelhos.

     

São ajudas preciosas, sim, mas todas dependem de uma leitura clara do ambiente. E basta um pouco de chuva, nevoeiro ou lama para atrapalhar essa visão.

Quer saber mais sobre todos os sistemas ADAS e como funcionam? Leia no nosso artigo.

Sistemas ADAS em dias de chuva intensa

A chuva é um dos maiores inimigos das câmaras ADAS. Em dias de aguaceiros fortes, as gotas no para-brisas distorcem a luz e reduzem a nitidez das imagens captadas. Os radares, que funcionam com ondas eletromagnéticas, também perdem precisão, porque parte dessas ondas é refletida ou bloqueada pela água.

Um estudo internacional mostrou que, acima de 20 mm de precipitação, muitos sensores deixam de funcionar corretamente, sobretudo os que fazem leitura das faixas. Tal significa que o sistema pode falhar na deteção de veículos ou não avisar quando o carro sai da via.

Nestes casos, o condutor deve manter o controlo total da direção e estar atento a eventuais alertas no painel. Se surgir o aviso de “sensor bloqueado”, é recomendável desativar temporariamente o sistema até as condições melhorarem.

Nevoeiro: o inimigo invisível

O nevoeiro cria uma espécie de “manta” de gotículas suspensas no ar, que baralham tanto os olhos humanos como os sensores. As câmaras perdem contraste, os radares veem menos longe e os sensores ultrassónicos (como os usados no estacionamento) dispersam o som, o que dificulta o cálculo das distâncias.

Nestas condições, sistemas como o assistente de faixa ou o controlo de velocidade adaptativo podem deixar de atuar ou reagir com atraso. Alguns veículos até desativam automaticamente certas funções de assistência quando detetam nevoeiro denso, para evitar interpretações erradas.

A regra de ouro? Se o condutor não vê bem, o carro também não vê bem. E quando a visibilidade é inferior a 100 metros, confiar totalmente nos ADAS deixa de ser seguro.

Sujidade no para-brisas

carros na estrada com sistema adas

Nem sempre é o estado do tempo que atrapalha os sensores. Às vezes, é a sujidade: lama, pó, gordura, insetos ou resíduos de óleo. Uma simples mancha de gordura no vidro pode ser suficiente para distorcer o campo de visão da câmara e gerar falsos alarmes.

 

Os efeitos podem variar:

 

  • Alertas falsos: o sistema “vê” obstáculos que não existem;
  • Falhas de deteção: o carro não reconhece peões, faixas ou sinais de trânsito;
  • Desativação automática: para evitar erros, alguns sistemas desligam-se sozinhos.

     

Manter o para-brisas e as palhetas limpos, usar produtos adequados e trocar o líquido limpa-vidros com regularidade são cuidados simples que fazem diferença real na segurança.

Quando confiar vs. quando desativar os sistemas ADAS

A tecnologia ADAS foi criada para ajudar o condutor, não para o substituir. E parte da segurança está em saber quando confiar nela e quando é melhor assumir o comando total.

 

Pode confiar quando:

  • As condições de visibilidade são boas;
  • O para-brisas e os sensores estão limpos;
  • Não há reflexos fortes ou luz direta a incidir sobre as câmaras.

     

Deve desativar temporariamente quando:

  • A chuva é torrencial ou há nevoeiro cerrado;
  • O para-brisas está muito sujo, riscado ou embaciado;
  • O carro emite alertas de falha de leitura de faixas ou obstáculos.

 

Nestes momentos, o melhor sistema de segurança continua a ser a prudência: reduzir a velocidade e manter uma distância segura faz toda a diferença.

Substituição de para-brisas no inverno: atenção à calibração do ADAS

Com o frio e as variações de temperatura, é comum o para-brisas sofrer pequenos danos ou fissuras. Quando precisa de ser substituído, não deve ignorar a calibração das câmaras e sensores ADAS.

Cada milímetro conta. Uma câmara desalinhada, mesmo que ligeiramente, pode comprometer todos os sistemas de segurança. E é por isso que, após a substituição do para-brisas, a calibração é obrigatória, especialmente no inverno, quando o mau tempo já é por si só um desafio à visibilidade.

Na Carglass® somos especialistas em calibração de sistemas ADAS, certificados pelo IMI (Institute of The Motor Industry). Sempre que substituímos o para-brisas, tratamos também da calibração, com equipamento homologado e técnicos qualificados, para que, faça chuva, nevoeiro ou sol, o seu carro continue a “ver” com segurança.

 

 

Quando os vidros sofrem, a segurança vê-se melhor com a Carglass®. Agende a sua substituição e calibração online e conduza com confiança, faça chuva ou nevoeiro.