Ainda acha que os carros elétricos, tal como os conhecemos, são a única alternativa de mobilidade limpa e amiga do ambiente? Pense de novo, porque os carros a hidrogénio podem ser os veículos de um futuro próximo.
Saiba tudo sobre o funcionamento destes veículos e quais as suas vantagens e desvantagens.

Um carro a hidrogénio (também conhecidos por ‘fuel cell electric vehicle’) funciona através de energia elétrica, daí que este tipo de veículos sejam também considerados como carros elétricos. O que os difere de um carro elétrico convencional é a sua forma de produzir energia.
Enquanto que o carro elétrico convencional precisa de energia de uma fonte externa - carregadores -, um carro a hidrogénio consegue produzir a sua própria energia elétrica através de uma célula combustível.
Este tipo de veículos são compostos por tanques de hidrogénio (H2), que, quando em contacto com o oxigénio (O2) da atmosfera, criam 2 produtos na sua célula de combustível: energia elétrica e vapor de água (H2O), que é expelida pelo tubo de escape. A energia elétrica é usada para mover o carro, por isso, e tal como os carros elétricos convencionais, os carros a hidrogénio são uma alternativa de mobilidade limpa e sem consequências prejudiciais para o ambiente.

Como todos os carros com diferentes tipos de energias - a combustível e elétricos convencionais -, os carros movidos a hidrogénio também têm os seus prós e contras.
Algumas das vantagens passam por ser este ser um veículo:
Em termos de autonomia, é algo que irá sempre depender do veículo e fabricante mas, com o avançar da tecnologia elétrica, já não parece existir uma discrepância tão grande entre um carro a hidrogénio e um carro elétrico convencional. Atualmente, a autonomia dos carros a hidrogénio é de aproximadamente 500 km e, alguns modelos mais recentes, até 600 km.
Ainda assim, existem algumas desvantagens:
Abastecer um tanque de hidrogénio pode ser ainda mais caro do que abastecer um depósito de um carro a combustível. No entanto, é normal que com a procura, este valor possa diminuir e tornar-se mais competitivo.
Comparando o carro a hidrogénio com o carro elétrico em termos de bateria, o custo de carregamento de uma bateria é 2 a 3 vezes mais baixo que o abastecimento de um tanque de um carro a hidrogénio, para a mesma distância a percorrer. Além disso, o custo das matérias-primas usadas no fabrico das baterias são tendencialmente mais caras, o que torna estes carros mais caros comparativamente aos elétricos.

Estudos como o Automotive Industry 2035 – Forecasts for the Future apontam o hidrogénio como algo muito promissor, especialmente para meios de transporte coletivo e de grande porte.
Ideal para longas distâncias, o hidrogénio é a energia mais limpa e também mais eficaz para estes setores:
Em Portugal, redes como a Carris, STCP, Transportes Urbanos de Braga e Transportes Urbanos de Coimbra já têm alguma cobertura da sua frota com autocarros elétricos e a hidrogénio. Em 2021, foi ainda anunciado um concurso para financiar a compra de pelo menos 135 autocarros sem emissões, no valor de 40 milhões de euros.
Entre vantagens e desvantagens desta nova tecnologia, uma coisa é certa: as energias verdes estão a tomar conta do setor automóvel. Próxima paragem? Um planeta mais sustentável.